sábado, dezembro 09, 2006

Só queria que soubesses



Porque queria acreditar que sim, talvez fui levada de encontrão a um não. Seria fácil ter o que sempre ambicionei, mas nada assim o é… nem tu, nem eu, nem nós… somos agora sombras num chão que arde de calor. Vou desvanecendo assim que o dia acaba. Vou acabando com ele, contigo… Pó e cinzas, memórias apagadas por um futuro promissor, talvez. Só tenho de deixar, de deixar de ter medo de perder o que não tenho, deixar de esperar por ti, deixar de. Nietzsche, disse-me, “Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o.”. Ouvi... Quando me vires passar deves sentir-te muito orgulhoso, apenas de ouvir o meu calcanhar bater no chão à medida que passeio o que de mim resta, pois tudo o que vires nada será senão a reposta às tuas perguntas. Tudo o que queria se resume a momentos como este, em que saboreias o que perdeste, tudo o que tiveste, o nada que sempre foi teu. Nada mais acrescento, “Falhamos ao traduzir exactamente o que se sente na nossa alma: o pensamento continua a não poder medir-se com a linguagem.”.

2 Comentários:

Blogger Joel Ferreira disse...

É impressão minha ou este texto "transpira saudade"?

10 dezembro, 2006 05:28  
Anonymous Anónimo disse...

há sempre alguma coisa que fica por dizer a quem mais gostamos. "só queria que soubesses" que me orgulho muito de te ter conhecido, de te ter como amiga. Não só porque escreves muito bem e tens ideias espetaculares,mas porque és 1pessoa com 1carácter surpreendente. Tenho saudades das nossas gargalhadas, das nossas conversas meio 'filosofadas', enfim tenho saudades do tempo que passou!!! Agora é tempo de caminhar em frente, sem nunca esquecer as pessoas que nos fazem bem!!! Bigada! Adoro-te 'cachopa'!! Bjinhus (quero ler mais textos teus!!!!)

15 dezembro, 2006 20:47  

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